A pintura de Botero é facilmente reconhecida pela presença de seus personagens volumosos.
A estética do artista colombiano abrange figuras de volumes avantajados, como natureza morta, bailarinas, cavalos e releituras de obras famosas, como Mona Lisa e O Casal Arnolfini.
Descubra as obras-primas mais famosas de Fernando Botero!
1. Dançarinos de 1987
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"O Futuro Depende da Educação
Ao observar os dançarinos, somos testemunhas da sensualidade de uma dança a dois. Provávelmente em um salão de baile colombiano, por causa das cores da decoração pendurada no teto, há outros casais voluptuosos dançando anonimamente.
A obra nos dá a ideia de movimento, especialmente por causa da maneira como o cabelo da senhora está pintado, sugerindo que o casal deve estar em pleno ato de dançar.
Não é possível ver o rosto da pessoa com quem o homem está dançando, mas a expressão dele é calma e concentrada.
2. Morte de Pablo Escobar (2006)
" "Perspectivas do Ensino à Distância no Futuro
A morte do célebre barão do tráfico Pablo Escobar foi registrada no dia 2 de dezembro de 1993, na cidade de Medillín, Colômbia. Esta trágica cena aconteceu em cima de um telhado de uma casa, e desde então é contada como uma lenda.
A figura de Pablo em comparação com as outras imagens da pintura é descomunal, pois sua presença monumental representa a influência que o narcotraficante adquiriu na sociedade.
Preocupado com a emergência da violência na América Latina, Botero optou por retratar o assassinato de Pablo de forma aterna.
A série "Pablo Escobar morto" aborda casos de violência tanto no Brasil quanto no mundo, denunciando situações trágicas da realidade.
3. A Mona Lisa de 1978
Botero oferece ao observador uma visão própria da célebre obra de Leonardo da Vinci. A Mona Lisa do contemporâneo se manteve na mesma postura e o seu misterioso sorriso continua intacto, apesar de ser caracterizada com traços mais robustos que na original.
A protagonista de Botero, com seu corpo mais volumoso, preenche grande parte da composição, obscurecendo boa parte da paisagem que originalmente estava no quadro de da Vinci. Dessa forma, na releitura de Botero, Mona Lisa adquire ainda mais destaque.
4. Assassinato de Pablo Escobar (1999)
Pablo Escobar é o protagonista da pintura - um antigo chefe do tráfico colombiano, que teve grande responsabilidade na dura brutalidade que assolava a Colômbia.
Essa pintura faz parte de uma série que reflete sobre os conflitos armados que assolaram a Colômbia na segunda metade do século XX. Ela evoca a violência que teve lugar naquela época e ainda hoje assombra o país.
Botero queria preservar a memória das pessoas a fim de que violências semelhantes não se tornassem recorrentes. Ao retratar o narcotraficante, ele buscava garantir que tais eventos não fossem esquecidos.
Pablo dominava os telhados da casa, sendo evidente pela sua centralidade e pelas proporções evidentes.
5. Dançar no Bar (2001)
A tela Dançarinas no Bar desafia as expectativas com seu tema incomum: uma bailarina de forma arredondada. O que o espectador não espera encontrar é justamente o que está no centro da obra.
A personagem da pintura está de costas e, ao invés de olhar para sua autoimagem refletida no espelho, ela se concentra no exercício ou olha para alguém que está diante dela.
Apesar das suas limitações físicas aparentes, a dançarina coloca-se na posição desafiante do balé com a mesma habilidade de um atleta magro.
6. Van Eyck, Depois de Arnolfini (1978)
Em 1978, Botero realizou uma interpretação da famosa obra de Jan van Eyck, O Casal Arnolfini, pintada em 1434. A pintura de Botero marca a diferença de 544 anos entre a obra original e a sua versão.
A obra de Botero mantém os elementos essenciais para o reconhecimento do quadro pelo observador. No entanto, esta aparece num contexto significativamente mais atual: o candelabro foi substituído por uma lâmpada elétrica, e o pano de fundo, por uma decoração moderna.
Os dois protagonistas originais ganham os contornos característicos do pintor colombiano, tornando-se esguios.
Botero disse à Revista Bravo que a ideia de recriar clássicos da pintura ocidental surgiu de sua própria curiosidade. Segundo ele, essas obras são conhecidas por todos, por isso ele queria “brincar com essas imagens icônicas”, recriando-as com seu estilo único.
Um dos meus deveres como aluno da Escola San Fernando era copiar os originais no Prado: copiei Tiziano, Tintoretto e Velázquez. Não cheguei a copiar Goya. O meu intuito era aprender, me envolver com a verdadeira técnica utilizada por esses mestres. Eu fiz cerca de dez cópias. Hoje não as tenho mais, vendi aos turistas.
A Obra de Fernando Botero
Botero iniciou sua carreira na área das artes plásticas ainda jovem, com apenas 15 anos. Logo no ano seguinte, ele participou de uma exposição conjunta na cidade de Bogotá e foi também ilustrador do jornal O Colombiano.
Aos vinte anos, ele se mudou para a Espanha e ingressou na Academia de San Fernando de Madrid. Além disso, ele frequentou museus famosos como o do Prado e aproveitou a oportunidade para treinar a técnica de copiar obras de grandes mestres da pintura.
Nos anos seguintes, ele viajou pela França e Itália, e estudou História da Arte na Academia de San Marco, em Florença.
Em 1957, o pintor realizou sua primeira exposição individual. Mesmo jovem, com apenas 26 anos, ele foi nomeado professor de pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Nacional de Bogotá, permanecendo no cargo até 1960.
Durante sua trajetória profissional, Botero alternou entre trabalhar em Nova Iorque, Paris e América do Sul. Além de pintar, o artista também se dedicou ao desenho e à escultura.
O pintor colombiano é extremamente premiado e tem alcançado grande sucesso tanto entre o público quanto entre a crítica. Reconhecido como o artista vivo mais caro da América Latina, ele segue produzindo obras até os dias de hoje.