O fascínio e a curiosidade que as obras de arte famosas na história provocam nas pessoas desde que são reconhecidas é incontestável. Estas obras conseguem despertar um interesse e projeção que as colocam em evidência.
Algumas peças possuem fascinantes relatos e fatos interessantes que, muitas vezes, passam despercebidos pela maioria das pessoas.
Escolhemos obras notáveis e reconhecidas e compilamos algumas das curiosidades a elas relacionadas.
1. A Pietá de Michelangelo (1498-1499)
A famosa escultura Pietá, que representa a Virgem Maria segurando o corpo sem vida de Jesus, é considerada um dos maiores clássicos da história da arte.
A obra de Michelangelo, produzida entre 1498 e 1499, pode ser admirada na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O autor desta escultura é o renascentista italiano.
Muitos desconhecem a curiosa particularidade desta obra: ela é a única do artista assinada. Uma faixa no tronco da Virgem Maria traz o nome do autor, MICHEA[N]GELVS BONAROTVS FLORENT[INVS] FACIEBAT, que, traduzido, significa "Michelangelo Buonarroti, o florentino, fez".
Depois que a peça foi entregue, Michelangelo assinou-a em um impulso de raiva, pois haviam boatos de que ela teria sido feita por alguém mais velho do que ele.
O gênio decidiu que sua marca seria feita na escultura, de forma a esclarecer todas as dúvidas e gravar seu nome na história.
2. A Mona Lisa de Leonardo da Vinci (1503-1506)
Mona Lisa, a mais famosa pintura do mundo, está localizada no Museu do Louvre, em Paris. O quadro de 77 x 53 cm é cercado de curiosidades e mistérios. Conhecido em italiano como La Gioconda, inspira inúmeras discussões e intrigas.
Esta pintura a óleo sobre madeira, realizada por Leonardo Da Vinci entre 1503 e 1506, mostra um retrato de uma mulher jovem caracterizada por um olhar e um sorriso misteriosos.
Em 2015, com o auxílio da tecnologia avançada, foi descoberto que a Mona Lisa possui quatro camadas de tinta, resultando em quatro retratos diferentes. Três deles permaneceram escondidos sob o que conhecemos hoje.
Uma descoberta notável veio à tona em um estudo recente: Da Vinci havia pintado cílios e sobrancelhas na mulher retratada na famosa obra, mas elas não são perceptíveis na pintura atual.
No começo do século XX, em 1911, a tela foi furtada. Primeiro se creu que Pablo Picasso fosse o autor do roubo, mas depois descobriu-se que um antigo funcionário do museu foi o responsável. Dessa forma, a obra foi recuperada.
A Mona Lisa é cercada por especulações e lendas, o que contribui muito para o seu prestígio.
3. A Obra-Prima de Munch: 'O Grito' (1893)
O Grito é um dos ícones mais famosos da história, simbolizando a angústia que domina uma época. Essa obra de arte capturou o sentimento de forma precisa e pungente, tornando-se uma expressão universal de desespero.
A obra do artista norueguês Edward Munch, pintada em 1893, possui quatro diferentes versões.
O medo que a figura no centro da imagem evoca foi inspirado por uma múmia peruana que foi exposta em Paris em 1850. Segundo especialistas, essa foi a fonte que deu origem à criação da imagem.
Em 1994, os ladrões furtaram uma tela da Galeria Nacional de Oslo, na Noruega. A audácia deles foi tamanha que deixaram um bilhete agradecendo pela falta de segurança no local. No entanto, no ano seguinte a obra foi recuperada e a segurança da galeria reforçada.
4. A Moça com o Brinco de Pérola de Vermer (1665)
Uma das obras mais reconhecidas de Johannes Vermeer é Moça com brinco de pérola, pintada em 1665.
Em 2003, um filme que contava de forma ficcional a história por trás da pintura de Mona Lisa e a relação entre o pintor e a modelo, trouxe fama e reconhecimento ao quadro.
Apesar do pouco conhecimento sobre o tema, há um elemento reconhecido: a musa que inspirou foi uma jovem retratada com uma expressão serena e de certa sedução, evidenciada em seus lábios entreabertos.
A joia pendurada em sua orelha irradia um brilho que se assemelha ao presente nos lábios e nos olhos, realçando-a na tela.
É interessante notar que o pintor não conectou a pérola ao lóbulo da orelha da jovem em sua obra.
O brinco adquire uma qualidade sobrenatural, como se fosse um planeta flutuando no universo. Seu brilho solitário nos lembra de uma esfera de luz que paira no ar.
"O quadro se tornou tão icônico que é frequentemente comparado à Mona Lisa, recebendo o apelido de “Mona Lisa holandesa”.
5. A Obra do Pensador de Rodin (1917)
Uma das mais importantes obras do século XX, "O Pensador" do francês Auguste Rodin é considerada uma obra-prima da arte escultórica.
Em 1917, A porta do Inferno, um conjunto de esculturas que homenageia a obra de Dante Alighieri, A Divina Comédia, foi completado.
Devido ao enorme sucesso da escultura, o escultor criou uma dezena de versões dessa obra, apelidada de "Novos Pensadores".
O nome original era O poeta, em homenagem a Dante Alighieri, mas como a representação não condizia com a figura do escritor, decidiu-se alterá-lo para O pensador.
“segurei o mundo na minha palma”. O artista tinha plena consciência da grandeza de sua obra e tanto se sentiu orgulhoso que afirmou: “eu seguro o mundo na minha palma”.
O que pensa o meu pensador é que ele pensa não só com o cérebro, com as sobrancelhas, as narinas distendidas e os lábios comprimidos, mas com cada músculo de seus braços, costas e pernas, com o punho cerrado e o aperto dedos do pé.
6. Tarsila do Amaral e seu Quadro 'Abaporu' (1928)
Quase todos associam Abaporu, pintura brasileira famosa, à Tarsila do Amaral.
Em 1928, Tarsila ofereceu à seu marido Oswald de Andrade uma tela como presente, tornando-se um ícone da primeira fase do modernismo no Brasil.
Ao observarmos a O pensador e Abaporu, notamos que as posições corporais são extremamente similares, gerando associação à obra de Rodin. O quadro do artista brasileiro parece uma releitura desta escultura.
Em uma entrevista de 2019, a neta de Tarsila do Amaral afirmou que havia um grande espelho inclinado na casa da artista. Isso sugere que a figura desproporcional exibida na obra é um autorretrato. Ela possivelmente se posicionou diante do espelho, observando suas mãos e pés grandes em detrimento da cabeça.
A tela se tornou uma representação emblemática do movimento "antropofagismo", que busca valorizar a cultura brasileira.
Esta pintura é considerada uma das mais preciosas já criadas na história, e um dos principais marcos da cultura brasileira. Ela é estimada em valores entre 45 e 200 milhões de dólares.
7. Salvador Dalí e a Persistência da Memória (1931)
A obra surrealista "A persistência da memória", do espanhol Salvador Dalí, é famosa por sua imagem estranha e impressionante, mostrando relógios derretendo, insetos, um corpo sem figura e uma paisagem inusitada como pano de fundo.
Em 1931, o artista foi capaz de produzir uma obra de arte em apenas cinco horas durante uma sessão criativa. Esta obra tinha dimensões reduzidas (24 x 33 cm).
Naquele dia, Dalí havia ingerido queijo camembert e se sentia indisposto. Decidindo não se acompanhar de sua esposa, que estava se divertindo com amigos, ele preferiu ficar em casa.
Ao se afastar do tumulto do dia a dia, ele se isola em seu ateliê e cria aquela que se torna uma das obras-primas do movimento das vanguardas europeias.
8. A Mãe de Bourgeois
Desde os anos 90, a artista francesa Louise Bourgeois tem produzido diversas esculturas de aranhas. Uma delas, bastante conhecida do público brasileiro pela sua presença no Parque Ibirapuera, durante muitos anos, pertencia ao acervo do MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo).
Na obra de Louise Bourgeois, as aranhas desempenham um papel importante, pois estão ligadas à infância dela e aos seus pais. Eles possuíam uma loja de restauração de tapeçarias, e a artista tinha muitas lembranças daquela época.
A artista descreveu sua mãe como "deliberada, inteligente, paciente, calmante, razoável, delicada, sutil, indispensável, pura e tão útil quanto uma aranha". Ela simbolizou o amor e o cuidado de sua mãe.
Várias versões de aranhas foram criadas e batizadas de "Maman", que significa "mãe" em francês.
9. A Estátua de Vênus de Milo do Século II
A Vênus de Milo é um símbolo da arte grega clássica. Em 1820, ela foi descoberta por Yorgos Kentrotas, um camponês grego, na ilha de Milos, no mar Egeu.
Além de Yorgos, naquela ocasião também estava presente o marinheiro francês Olivier Voutier, que o encorajou a desenterrar a estátua.
Durante as escavações, foram descobertos diversos fragmentos, dentre os quais, uma mão segurando uma maçã, além de dois pilares com bustos masculinos.
Após acordos, os franceses adquiriram a obra e hoje ela faz parte do acervo do Museu do Louvre, na cidade de Paris.
Durante aquele período, a França revalorizou a cultura clássica grega e todos entusiasmaram-se com a obtenção de tão preciosa relíquia.
Ao descobrir a estátua, foi encontrada na sua base uma inscrição com o seguinte texto: “Alexandre, filho de Menides, cidadão de Antioquia, fez a estátua”.
Uma século após o período clássico grego, a antiga cidade turca de Antioquia foi fundada. Isso significa que a famosa escultura Vênus de Milos não é uma obra original dos tempos da Grécia Antiga.
Os franceses ficaram profundamente desapontados com a possível autoria. Por essa razão, o diretor do Museu do Louvre contratou especialistas para examinar a peça. Concluiu-se então que a base foi adicionada posteriormente e que a escultura de Vênus foi criada por Praxíteles, famoso escultor grego da antiguidade. A base da escultura foi descartada pelos franceses.
Após análises mais aprofundadas, comprovou-se que a escultura era de Alexandre de Menides.
A estátua, feita em mármore, tem 2 metros de altura e pesa aproximadamente 1 tonelada.
10. A Fonte de Duchamp (1917)
Em 1917, R. Mutt assinou uma escultura de mictório de porcelana intitulada Fonte, que foi inscrita em um salão de exposições.
A obra do movimento dadaísta provocou grande polêmica, pois desafiava as normas tradicionais ao considerar aquilo que pode ser considerado arte. Esta peça tornou-se uma das mais célebres e significativas de sua época, moldando assim os novos caminhos da arte moderna e posteriormente, da arte contemporânea.
Embora Marcel Duchamp seja atribuído à fama da criação de "Fonte", a ideia para a obra-prima pode ter sido originalmente da artista alemã Baronesa Elsa von Freytag Loringhoven. Uma curiosidade que nem todos sabem.
"O meu interesse é em fazer do bem-estar geral da arte uma vez por todas". Duchamp exprimiu seu interesse em melhorar o estado geral da arte em uma de suas cartas, ao dizer: "Meu objetivo é tornar o bem-estar geral da arte definitivo".
Uma das minhas amigas que adotou o pseudônimo de Richard Mutt me enviou um urinol de porcelana como uma escultura; como não havia nada de indecente, não havia motivo para rejeitá-lo.
11. Van Gogh: A Noite Estrelada (1889)
A obra de Vincent Van Gogh, A noite estrelada, é muito conhecida atualmente e é uma das pinturas mais reproduzidas.
A famosa tela de 73 x 92 cm, pintada em 1889, exibe um céu em espiral, dando a entender o turbilhão de emoções que o artista vivenciava. A paisagem noturna é de grandes proporções, criando uma atmosfera única.
Durante o período em que ele se encontrava voluntariamente no hospital psiquiátrico de Saint-Rémy-de-Provence, a obra foi criada, unindo a vista da janela de seu quarto junto com elementos da imaginação.
A pequena igreja e o vilarejo remetem a Holanda, lugar onde passou sua juventude.
Pesquisas indicam que o céu retratado na obra mostra a localização exata dos astros naquele momento, evidenciando grande especialização na área de astronomia.
12. Velásquez (1656): As Meninas
A obra As Meninas, do renomado artista espanhol Diego Velázquez, foi criada em 1656 e pode ser admirada no Museu do Prado, em Madri.
A obra de Filipe IV mostra uma família real carregada de elementos curiosos, que despertam a atenção do espectador, criando uma sensação de atmosfera única e original. A visão da família real inebria a imaginação do espectador, estimulando-o a construir toda uma história em torno dos personagens.
Esta obra apresenta uma perspectiva inovadora, com vários planos criados de maneira ousada. Um autorretrato do artista é exibido de modo audacioso, como uma tentativa de reconhecimento da profissão.
No centro da cena estava a jovem Princesa Margarida, rodeada por suas damas de companhia e entretenimento cortesão, como o cãozinho e pessoas com deficiência na parte direita.
Um espelho pequeno está localizado ao lado da porta, mostrando o retrato do casal real.
A tela de Velázquez suscita uma questão intrigante: qual é o assunto da obra no interior do quadro?
13. A Obra de Klimt: O Beijo (1908)
A obra O beijo, do artista austríaco Gustav Klimt, tornou-se uma das mais famosas ao redor do mundo e estampa diversos objetos nos dias de hoje.
A tela, produzida em 1908, é parte da fase dourada do artista. Ela retrata o amor de um casal e foi feita com folhas de ouro entre os materiais usados.
O manto que envolve as figuras tem a forma de círculos, retângulos e pontos coloridos.
Os cientistas foram encantados com suas descobertas no microscópio quando examinaram imagens das plaquetas sanguíneas, o que foi a inspiração para a padronização.
Antes do artista criar suas telas, trabalhos anteriores já estavam sendo desenvolvidos inspirados em assuntos da medicina.
Klimt buscou combinar o tema romântico e a representação do corpo humano de forma harmoniosa.
14. A Obra Salvator Mundi de Leonardo da Vinci (Cerca de 1500)
A obra mais discutida de Leonardo da Vinci é a tela intitulada como Salvator Mundi. Ela apresenta Jesus Cristo dentro do estilo artístico renascentista.
Mesmo com as diferentes opiniões a respeito do autor, esta é a obra mais valiosa já comercializada em leilão. Em 2017, o preço do óleo sobre tela chegou a impressionantes 450 milhões de dólares.
Não se tem certeza ao certo de onde a pintura foi parar, pois foi adquirida pelo príncipe saudita para ser exibida no Museu do Louvre de Abu Dhabi, mas isso nunca se concretizou. Por isso, tem-se como hipótese que ela estaria em algum dos barcos do príncipe.
15. O Lavrador de Café de Candido Portinari (1934)
Cândido Portinari pintou o quadro Lavrador de Café em 1934. A obra mostra um homem trabalhando no campo, com uma enxada e pés descalços, enquanto um trem atravessa a paisagem rural, que é marcada por uma lavoura de café.
A obra "Mestiço", de autoria do famoso pintor brasileiro, contou com a contribuição de Nilton Rodrigues, que também posou para outras telas, entre elas, "Café". Esta é uma das pinturas mais marcantes deste artista.
Mesmo com a baixa qualidade do vídeo, vale a pena assistir a um trecho da entrevista de 1980 do Globo Repórter com o ex-lavrador.
16. A Presença do Artista, de Marina Abramović (2010)
O sucesso de The Artist is Present, de Marina Abramović, tornou-se uma das performances mais reconhecidas da artista sérvia. A tradução para o nome desta obra é: "A artista está presente".
Em 2010, Marina foi exposta no MoMA - Museu de Arte Moderna de Nova York - com sua trajetória artística. Esta obra foi uma ação em que ela esteve presente.
Ela ficou sentada, os olhos fixos nos visitantes que chegavam um a um.
A performance de Marina Abramovic ficou muito famosa quando seu ex-companheiro, o também artista Ulay, participou. Os dois se posicionaram frente a frente, o que tornou o momento ainda mais impactante.
Durante 12 anos, eles foram namorados e parceiros em várias atividades. O elo entre eles, os olhares e gestos provocaram uma grande emoção entre o público, mesmo depois de tanto tempo sem contato.
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17. Silhuetas Series de Ana Mendieta (1973-1980)
A artista cubana Ana Mendieta (1948-1985) foi marcante na produção das artes dos anos 70. Ao trabalhar com body art e performance, ela explorou temas relacionados ao feminismo na arte contemporânea.
A série de obras intitulada Silhuetas tornou-se famosa devido à artista usar seu próprio corpo para se conectar à natureza, representando seu corpo feminino no mundo e ao mesmo tempo explorando uma conexão espiritual com o universo.
Ana era uma artista que expressava fortes reflexões sobre o corpo e a violência contra a mulher. Infelizmente, ela morreu de forma suspeita, o que levanta a hipótese de feminicídio. Isso trouxe uma curiosidade sobre o caso da artista, além de sobre a série de que ela participou.
Em 1985, Tragédia abateu a artista quando ela, ainda jovem, faleceu após uma luta com seu parceiro, o artista Carl Andre. Ela caiu do 34º andar do prédio onde residia.
A morte de Carl foi julgada como suicídio, no entanto, havia fortes evidências de que ele tinha sido forçado a cometer esse ato. O marido dele foi processado 3 anos mais tarde, sendo posteriormente absolvido.
18. A Traição das Imagens de René Magritte (1928-1929)
René Magritte, belga e ícone do surrealismo, gostava de jogar com as imagens para criar reflexões além da simples representação figurativa. Através de sua obra buscava desafiar o pensamento convencional, criando contradições entre o que se vê e o que se imagina.
A obra A traição das imagens, conhecida por representar a característica peculiar de seu trabalho, é um marco no campo da arte, trazendo consigo um desafio e uma provocação.
No quadro, há uma imagem de um cachimbo acompanhada da frase em francês “Isso não é um cachimbo”. Esta pintura sugere a diferença entre o que é representado e o objeto em si.
"A obra pintada em 1928 encontra-se atualmente no Museu de Arte do Condado de Los Angeles."
Na época da apresentação deste trabalho, causou muita controvérsia, sendo entendido de forma equivocada. Uma curiosidade é que essa discussão tornou-se polêmica.
19. A Grande Onda de Kanagawa de Hokusai (1820-1830)
Uma xilogravura japonesa de fama mundial é A grande onda de Kanagawa, desenvolvida em meados de 1820 pelo renomado Hokusai, mestre da técnica ukiyo-e da estamparia japonesa.
A famosa imagem é reconhecida em todo o mundo, encantando o público com seus ricos detalhes e caráter intenso que vem do mar. Porém, o que é interessante é que o artista, na verdade, pretendia retratar principalmente o Monte Fuji, ao fundo da paisagem.
A série "Trinta e seis vistas do Monte Fuji" apresenta o famoso monte em todas as estações do ano e em diferentes ângulos. Cada obra deste conjunto de pinturas exibe o Monte Fuji desde vários locais.
No último século, a arte japonesa ganhou fama no Ocidente. Muitas cópias foram feitas e conhecidas por colecionadores europeus. Vários museus foram compostos com réplicas dessa obra.
A xilogravura japonesa foi uma grande influência para artistas europeus, como Van Gogh, Monet, Klimt e Mary Cassat, entre outros. Esta técnica de gravura em madeira se destacou como fonte de inspiração para seus trabalhos.
20. A Obra 'O Homem Amarelo' de Anita Malfatti (1915)
Em 1917, cinco anos antes da celebração da Semana de Arte Moderna, Anita Malfatti organizou uma exposição no Brasil para exibir suas obras realizadas durante os seus estudos no exterior.
A obra "O Homem Amarelo" foi exibida na exposição da Semana de 22 e teve um grande impacto.
Nesse trabalho, a artista utilizou formas e cores que geraram controvérsia durante a ascensão da arte moderna no país.
Anita afirma que o homem é a representação de um imigrante italiano de baixa renda, que expressa um olhar de desamparo.