O Neoclassicismo, que ocorreu entre 1750 e 1850, foi marcado por uma recuperação de elementos da cultura greco-romana.
Durante o período neoclássico, Jean Auguste Dominique Ingres, Jacques Louis David e Antonio Canova figuravam entre os mais destacados pintores e escultores.
Destacamos o trabalho dos pintores Jean-Baptiste Debret e Nicolas-Antoine Taunay, bem como as obras do arquiteto Grandjean de Montigny, no Brasil.
A Beleza do Neoclassicismo
A arte neoclássica é também conhecida como "novo classicismo", pois marcou-se pela revalorização dos conceitos da cultura greco-romana.
A arte neoclássica que surgiu após a revolução francesa rejeitava a estética barroca, caracterizada pela ornamentação excessiva. Os artistas dessa geração buscavam expressar a forma, acreditando que isso poderia elevar o espírito dos seus contemporâneos.
Durante o Neoclassicismo, as ideias iluministas ganharam destaque, privilegiando o racional e desvalorizando as crenças religiosas. Nesse contexto, as representações relacionadas à religião passaram a ser menos valorizadas enquanto os pintores buscaram registrar ocorrências históricas e retratos.
A Era Neoclássica: Um Olhar Histórico
O Neoclassicismo foi um período que teve início em aproximadamente 1750 e se estendeu até 1850. Embora existam pontos de vista diferentes e datas variadas para a sua duração, é possível afirmar que o Neoclassicismo ocorreu naquela faixa temporal.
Durante esse período, profundas transformações sociais ocorreram em diversos âmbitos.
Desde o século XVIII até o XIX, diversos âmbitos sofreram modificações significativas. No campo filosófico, o Iluminismo ganhou força; na área tecnológica, ocorreu a Revolução Industrial; na esfera política, a Revolução Francesa deu início a novos caminhos; enquanto na área das artes, houve um desgaste da estética barroca.
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A Arte Neoclássica da Arquitetura
Com o período das grandes escavações, a arqueologia entrou em destaque na Europa. Isto foi em grande parte devido à retomada dos clássicos para fins arquitetônicos, já que o ideal de beleza passou a ser aquilo que foi produzido na antiguidade, especialmente na Grécia e Roma.
Nas edificações neoclássicas são possíveis de serem observadas características como colunas romanas, gregas, bem como fachadas, abóbadas e cúpulas.
ele simboliza a democracia. O Portão de Brandemburgo, localizado em Berlim, é um icônico exemplo de um símbolo da democracia.
A arquitetura neoclássica é notoriamente associada à imponência e ao exagero para evidenciar riqueza e posição social.
O francês Pierre-Alexandre Barthélémy Vignon (1763-1828) é amplamente reconhecido como o maior arquiteto do período neoclássico. Seu projeto mais emblemático foi a Igreja de Maria Madalena, localizada em Paris, que passou a ser considerada o ícone deste estilo arquitetônico.
A beleza do Neoclassicismo na Pintura
A pintura neoclássica expressa valores greco-romanos, com cores mais sutis e sem grandes contrastes, apresentando inspirações nas esculturas antigas. Essa manifestação artística, assim como a arquitetura, exaltou esses mesmos valores.
Nas obras observadas, os personagens possuem uma beleza idealizada. Além disso, chama a atenção o fato de que não existem traços marcados de pincel.
Neste período, as obras destacaram imagens realistas, contornos nítidos feitos com objetividade e precisão.
Os artistas manifestavam grande preocupação em relação à proporção áurea, apresentando ilustrações elaboradas a partir de cálculos extremamente precisos e adotando um método bastante rígido.
Os muitos retratos feitos evidenciaram a importância da harmonia.
Jacques Louis David e Jean Auguste Dominique Ingres são celebrados como alguns dos mais proeminentes pintores desta geração.
Jacques Louis David, maior artista neoclássico francês, foi o ilustrador oficial de Napoleão Bonaparte durante a Revolução Francesa. Suas obras clássicas incluem Marat assassinado, A morte de Sócrates e O juramento dos Horácios.
O francês Jean Auguste Dominique foi aluno de David e tornou-se um grande nome na pintura ocidental. Ele criou obras clássicas maravilhosas, como A banhista de Valpinçon e Júpiter e Tétis, que passaram a ser grandes obras da pintura ocidental.
A Estética Neoclássica na Escultura
A escultura neoclássica foi fabricada predominantemente com mármore e bronze, e seus temas foram inspirados na mitologia grega e romana.
Os trabalhos foram direcionados a representar grandes heróis, figuras importantes e famosos homens públicos.
A pintura sempre foi vista como uma forma de encontrar uma harmonia. Um constante cuidado era tomado para alcançar essa unidade e equilíbrio estético.
A França foi fonte de inspiração para as telas, enquanto a Itália se tornou um ícone para a escultura.
Antonio Canova (1757-1821), um escultor italiano, é o principal nome do período. Entre suas obras mais notáveis, estão Psique reanimada (1793), Perseus (1797) e Vênus vencedora (1808).
Na peça Perseus (1797), o personagem mitológico em destaque segura na mão a cabeça de Medusa. Esta obra foi inspirada no Apolo Belvedere, uma das criações de arte romana do século II a.C., que se encontra atualmente no Museu do Vaticano.
O Neoclassicismo no Brasil
O Brasil não foi afetado significativamente pelo Neoclassicismo.
Com a mudança da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808, foi organizada uma força tarefa para promover as artes na então colônia. Esta iniciativa contou com a presença da missão artística francesa, marcando assim esse período.
Um grupo de artistas franceses viajou para o Rio de Janeiro com a intenção de fundar e administrar a Escola de Artes e Ofícios.
Jean-Baptiste Debret e Nicolas-Antoine Taunay foram artistas muito importantes da geração atual. Ambos realizaram importantes retratos ao longo do tempo.
Embora Nicolas-Antoine Taunay e seu contemporâneo tenham trabalhado no mesmo estilo e durante o mesmo período, o pintor seguiu uma linha própria, focando principalmente na pintura de paisagens cariocas.
Quando se trata de arquitetura, há três edifícios que destacam-se como referências de sua época: a Casa França-Brasil, a PUC-Rio e a fachada da Academia Imperial de Belas Artes, localizados todos no Rio de Janeiro.
Grandjean de Montigny, um arquiteto francês, foi o arquiteto mais importante durante o período em questão. Ele também foi o primeiro a assumir o cargo de professor de arquitetura no Brasil.
