Com o passar dos anos, serviços de streaming têm dado cada vez mais destaque para séries que abordam o tema LGBT (ou LGBTQIA+). Essas produções têm crescido em quantidade e qualidade, contando histórias mais ricas e que refletem a diversidade de forma mais realista.
Assuntos relacionados à comunidade LGBTQ+ estão sendo abordados com maior frequência em obras recentes e mais antigas.
É fundamental dar visibilidade ao tema, buscando a representatividade e combatendo o preconceito. Para isso, é preciso contar as histórias de pessoas que lutam incansavelmente pela sua existência e pelo direito de amar.
1. Posição
Esta série fornece uma visão poderosa da cultura LGBTQIA+, principalmente de mulheres trans e travestis afro-americanas, nos anos 80 e 90. Mostra-o de forma absolutamente espetacular.
O elenco de maioria feminina trans apresenta o universo dos bailes LGBTs e casas cheias de pessoas trans e gays, criando um ambiente de resiliência e acolhimento.
Ao longo de três temporadas, uma família se forma em meio a aventuras, amores, dilemas, sofrimentos e lutas.
A primeira temporada da produção, disponível na Netflix, foi muito bem recebida pelas críticas, tendo sido laureada com prêmios importantes, como o Globo de Ouro.
2. Perigo do Veneno
Em outubro de 2020, uma série incrível foi lançada para contar a história de Cristina Ortiz, uma famosa transsexual espanhola dos anos 90.
A série de 8 episódios, inspirada no livro ¡Digo! Ni puta ni santa. Las memorias de La Veneno, de Valeria Vegas, conta a trajetória de Cristina, que nasceu no sul da Espanha em 1964. O cenário era uma família conservadora, mas Cristina se destacou ao se tornar um ícone da cultura trans no país.
Javier Ambrossi e Javier Calvo são os diretores da produção da HBO.
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3. Os Diários de Andy Warhol
Em março de 2022, a Netflix estreia a série documental Os diários de Andy Warhol, trazendo à tona a vida do célebre artista americano do século XX, Andy Warhol.
Começar a escrever diários após sofrer um atentado e levar um tiro foi o que ele fez em 1968. Em 1989, essa produção foi transformada em livro e, mais recentemente, em série de TV, dirigida por Andrew Rossi.
Com seis capítulos, a jornada do artista é explorada, assim como seu processo criativo, suas inquietações acerca da sexualidade e de relacionamentos homoafetivos.
Esta produção foi meticulosamente confeccionada, destacando a obra e a existência do grande gênio, recebendo muitos elogios.
4. Travador de Corações
Lançada na Netflix em 2022, a série Heartstopper tem sido um grande sucesso. Adaptada da obra literária de Alice May Oseman, têm conquistado o público com sua história.
Charlie e Nick são protagonistas da série. Esses dois colegas de ensino médio vivem em realidades diferentes. Enquanto Charlie é discreto e gentil, Nick é conhecido e grande falante.
Ao se aproximarem, eles desenvolveram uma ligação que se intensificou, revelando as descobertas, desafios e inseguranças do amor.
5. Especial
"Qual é o Papel dos Computadores?
Ryan O’Connell criou esse seriado estadunidense que conta a história de um jovem gay que sofre de paralisia cerebral leve e que decidiu lutar pela sua autonomia e buscar um relacionamento.
Existem duas temporadas na Netflix que acompanham o jovem nos desafios e conquistas da vida. A série é muito interessante, pois aborda a representatividade da comunidade LGBTQIA+ com deficiência, dando a entender que cada um tem o direito de vivenciar novas experiências amorosas.
6. É um Pecado
Lançada em 2021, a produção da HBO retrata a vida de jovens gays durante a década de 80 e início dos anos 90 em Londres. Emocionante, ela mostra o impacto da epidemia de HIV nessa comunidade, na época.
Idealizado por Russell T Davies, o seriado conta com 5 episódios que evidenciam a força e o valor dos amigos em tempos difíceis.
7. Ensino de Educação Sexual
A série Sex Education, criada por Laurie Nunn e transmitida pela Netflix, é um sucesso de público. Ela mostra os desafios do cotidiano de um grupo de adolescentes que frequentam o ensino médio nos Estados Unidos.
Sendo adolescentes, Otis e seus amigos estão explorando seus corpos e desejos. Como filho de uma terapeuta sexual, Otis decide servir de mentor para seus companheiros, oferecendo auxílio na resolução de seus problemas relacionados à sexualidade e relacionamentos.
A história possui inúmeros personagens, incluindo aqueles relacionados à comunidade LGBT. É claro que esses assuntos não são deixados de lado.
8. Euphoria - Uma Série da HBO
Euphoria, uma das séries mais populares da HBO, acompanha a vida de jovens enfrentando desafios como o uso de drogas, a identidade sexual, problemas de saúde mental e o esforço para alcançar o equilíbrio emocional.
Rue Bennett (interpretada por Zendaya) é a protagonista. Após sair de uma clínica de reabilitação, ela está decidida a ter uma vida "limpa". Em sua escola, ela se encontra com Jules, uma adolescente trans, com quem desenvolve um relacionamento amoroso.
9. Folclore Queer
Desde o ano 2000 até 2005, Queer as Folk foi ao ar, sendo um dos primeiros seriados a explorar o universo LGBT+.
Ron Cowen e Daniel Lipman uniram forças para criar um programa de televisão que conta a história de gays e lésbicas que vivem em Pittsburgh, na Pennsylvania. Dessa parceria entre Canadá e Estados Unidos surgiu uma narrativa única sobre a vida desta comunidade.
A série é importante por tratar da homossexualidade sem recorrer a cenas escabrosas, dando visibilidade à comunidade LGBT em uma época em que pouco se falava a respeito e não havia muita representatividade na televisão.
10. As Histórias de San Francisco
A série de Netflix, Tales of the City, teve sua estreia em 2019, e é baseada na obra literária de mesmo nome de Armistead Maupin, escrita em capítulos entre 1978 e 2014. Esta série tem o mérito de apresentar pela primeira vez uma protagonista transgênero.
A trama se desenrola nos Estados Unidos, retratando um grupo de moradores de um albergue em San Francisco, uma cidade em que a comunidade LGBTQ+ é muito presente.
11. Will e Grace
Lançada em 1998, a sitcom Will & Grace foi um grande sucesso nos anos 2000. Com onze temporadas, essa produção ofereceu aos telespectadores momentos divertidos com seus personagens LGBT.
Will, um advogado jovem e gay, e sua amiga Grace, uma decoradora judia, partilham um apartamento. Acompanhamos a vida deles, desde os momentos difíceis aos bons.
Temas como casamento, relacionamentos, divórcio, romances ocasionais e o meio judaico e homossexual são abordados e dão o tom desta comédia.
12. Geração Q: A Palavra L
Esta série norte-americana, que foi ao ar de 2004 a 2009, conta a história de um grupo de mulheres lésbicas, bissexuais e transgênero que vive em Los Angeles. Durante seis temporadas, elas enfrentam desafios e compartilham suas experiências.
Assuntos delicados como maternidade, inseminação artificial, questões de sexualidade e alcoolismo surgem na narrativa para fazer com que o público seja levado a refletir sobre realidades diferentes.
13. Laranja é o novo preto
Conhecida pela sigla OITNB, essa série se passa no universo carcerário norte-americano e se foca no cotidiano de um grupo de mulheres, abordando seus desentendimentos, companheirismo e relações.
Há muitos anos, Piper Chapman cometeu um crime ao aceitar levar uma mala de dinheiro do tráfico por conta de sua ex-namorada. Apesar do tempo que passou, o evento não foi esquecido e voltou a atormentá-la.
Ela tomou uma decisão drástica: se entregar à polícia. Como resultado, foi presa por 15 meses. Durante esse período, ela teve oportunidade de conhecer realidades diversas, dentro da penitenciária.
A série produzida por Jenji Kohan está disponível na Netflix.