Os livros que ajudam a desenvolver o autoconhecimento são extremamente importantes para quem deseja realizar mudanças significativas e viver uma vida mais significativa.
Selecionamos alguns dos melhores livros de autoconhecimento para que você possa refletir sobre seus comportamentos, avaliar suas emoções e ter acesso a mecanismos para melhorar seu crescimento pessoal.
1. A Bravura de Aceitar a Imperfeição (Brené Brown)
O livro "Vulnerabilidade: A Coragem de Amar", escrito pela pesquisadora e professora da Universidade de Houston, Brené Brown, foi publicado em 2013. Ele aborda a vulnerabilidade como um desafio a ser encarado de forma ousada e generosa.
Ao enfrentarmos nossas fragilidades, medos e vergonha, sem nos esconder delas, somos capazes de nos conectar melhor com os outros e desenvolvermos a criatividade de modo mais pleno e satisfatório.
A palestra do TED “O poder da vulnerabilidade”, proferida pela escritora norte-americana, foi um grande sucesso, com mais de 55 milhões de visualizações.
No livro de Brené Brown, uma das ideias abordadas é:
Os momentos mais fortes de nossas vidas acontecem quando amarramos as pequenas luzinhas criadas pela coragem, pela compaixão e pelo vínculo, e as vemos brilhar na escuridão de nossas batalhas.
2. Correndo com os Lobos: Uma Jornada de Auto-Descobrimento para Mulheres (Clarissa Pinkola Estés)
Um clássico da literatura para as mulheres que desejam autoconhecimento, "Mulheres que Correm com os Lobos" é altamente recomendado.
O livro "Mulheres que Correm com os Lobos" foi publicado pela primeira vez em 1989, obra da psicóloga junguiana Clarissa Pinkola Estés. Ele conta contos e lendas antigas ao mesmo tempo em que traça paralelos entre as narrativas e os arquetipos simbólicos que carregam.
“Não acho que mulheres sejam selvagens por natureza, mas acredito que todas nós podemos nos tornar selvagens ao longo de nossas vidas, se desejarmos ou nos sentirmos obrigadas a isso”. Clarissa defende que a "natureza selvagem" feminina é fundamental para a libertação das mulheres na sociedade patriarcal. Entre os seus argumentos está o seguinte: "Não acho que mulheres sejam selvagens por natureza, mas acredito que todas nós podemos nos tornar selvagens ao longo de nossas vidas, se desejarmos ou nos sentirmos obrigadas a isso".
A melhor terra para semear e fazer crescer algo novo outra vez está no fundo. Nesse sentido, chegar ao fundo do poço, apesar de extremamente doloroso, também é um terreno para semear.
3. Desvelando a Masculinidade: Seja um Homem (JJ Bola)
Com um prefácio escrito por Emicida, Seja Homem se propõe a problematizar o padrão de masculinidade estabelecido na nossa sociedade atual. O autor, JJ Bola, desvenda modelos comportamentais e crenças arraigadas sobre o que é “ser homem”, ilustrando com exemplos de outras culturas.
Lançado em 2020, este livro é perfeito para todos os homens que desejam refletir sobre sua postura machista e trabalhar na desconstrução desse comportamento, a fim de criar relações melhores consigo mesmos e com o mundo ao seu redor.
4. O Que Você Tem Feito? (Mario Sergio Cortella)
Neste livro, Mario Sergio Cortella aborda questões como propósito, objetivos, liderança e ética, para lidar com as ansiedades e preocupações que elas trazem.
Cortella convida os leitores a refletirem sobre o significado de seu trabalho, o qual pode ter um grande impacto na sua vida e trajetória. No livro, ele afirma: "Aprender a dar significado ao trabalho é uma das chaves para a realização profissional".
Quando o modelo de vida leva a um esgotamento, é fundamental questionar se vale a pena continuar no mesmo caminho.
5. Arte da Subtração: Estudos de Austin Kleon sobre o Roubo Criativo
Roube como um artista é um livro direcionado para aqueles que trabalham com arte, mas que pode também ajudar todos aqueles que buscam despertar sua criatividade.
“não roube, mas se inspire”. Publicado em 2013, "Roube como um artista" do designer e escritor norte-americano Austin Kleon é uma obra que trata o tema da criação e dos processos criativos de forma bem humorada e com várias ilustrações. Kleon defende que nada é totalmente original, mas devemos saber usar as referências e inspirações de forma honesta e sabia. Uma das mensagens presentes no livro é "não roube, mas se inspire".
Todo artista é um colecionador. Não um acumulador, há uma diferença: acumuladores colecionam indiscriminadamente, artistas colecionam seletivamente. Eles colecionam apenas coisas que realmente amam.
6. A Beleza do Silêncio - Kankyo Tannier
Publicado em 2018, A magia do silêncio é um livro que oferece um olhar moderno e despojado sobre técnicas e tradições milenares de busca por calma e serenidade.
Kanyo Tannier, uma monja budista zen, apresenta de modo simples práticas de meditação e exercícios curtos que podem ser aplicados na rotina para promover o silenciamento da mente e reduzir a ansiedade.
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7. A Transformação da Sabedoria - Monja Coen
Em seu livro de 2019, Monja Coen defende a necessidade de refletirmos e reavaliarmos nossas ações, buscando sempre o equilíbrio e a harmonia entre nós e o mundo ao nosso redor.
“é preciso aprender a lidar com o vazio para não nos sentirmos vazios”. A autora do livro nos mostra, por meio de exemplos simples do nosso dia a dia, como alcançar mais sabedoria e paz interior. Em determinado trecho, ela reflete: “temos que aprender a administrar o vazio, para não nos sentirmos vazios”, com uma abordagem bem humorada.
Às vezes deixamos de apreciar a nossa liberdade de ir e vir, a liberdade de poder pensar, ter opiniões e escolhas, para nos submeter a situações de aparentes riquezas e honrarias.
8. Como Adiar o Fim do Mundo: Ideias de Ailton Krenak
Neste livro, Ailton Krenak, um líder indígena, expõe suas ideias sobre a conexão entre os seres humanos e a natureza. Ele argumenta que todas as coisas estão conectadas e devem trabalhar em conjunto.
Assim, proporciona aos leitores e leitoras a oportunidade de refletir sobre temas importantes, tais como coletividade, transformação social e ecologia.
Em 2019, a Companhia das Letras publicou o livro com o seguinte trecho:
Cantar, dançar e viver a experiência mágica de suspender o céu é comum em muitas tradições. Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte; não o horizonte prospectivo, mas um existencial. É enriquecer as nossas subjetividades, que é a matéria que este tempo que nós vivemos quer consumir. Se existe uma ânsia por consumir a natureza, existe também uma por consumir subjetividades — as nossas subjetividades. Então vamos vivê-las com a liberdade que formos capazes de inventar, não botar ela no mercado. Já que a natureza está sendo assaltada de uma maneira tão indefensável, vamos, pelo menos, ser capazes de manter nossas subjetividades, nossas visões, nossas poéticas sobre a existência.
9. A Vida Interior que Habita em Nós: Uma Visão de Liliane Prata
Em 2019, Liliane Prata lançou uma obra que nos possibilita refletir sobre as emoções humanas, como a ansiedade, a raiva e a melancolia, além de nos ajudar a reconhecer nosso amor-próprio. Esses questionamentos e reflexões filosóficas representam um conhecimento muito valioso.
Liliane nos convida a uma jornada de autoconhecimento e transformação pessoal através de suas citações de poemas, trechos de livros e músicas. Compartilhando sua visão, ela explica que a intenção de sua publicação é:
Espero que, após a leitura, você ganhe mais consciência de si mesma/si mesmo, aumente sua compreensão sobre as distâncias e os emaranhados entre você e as coisas, distinga com mais clareza o que quer daquilo que não quer para você, e sinta mais profundamente, com mais graça do que frustração, a experiência de estar vivo.
10. Vivendo um Dia Valioso Mesmo na Morte
A médica Ana Claudia Quintana Arantes, reconhecida como uma das principais autoridades em cuidados paliativos no Brasil, lançou seu livro intitulado A morte é um dia que vale a pena viver em 2016.
Após uma palestra sua no TED ser visualizada por milhões de pessoas, o livro aborda o delicado assunto do luto.
Ela traz uma perspectiva amorosa e surpreendente que nos ajuda a compreender a finitude de forma mais sábia ou, pelo menos, com menos desespero. Assim, suas reflexões certamente tocarão os leitores e leitoras.
“Os passos ecoavam pelo corredor, anunciando a chegada de um visitante. O som dos passos se espalhava pelo corredor, anunciando a chegada de um visitante.
Desejar ver a vida de outra forma, seguir outro caminho, pois a vida é breve e precisa de valor, sentido e significado. E a morte é um excelente motivo para buscar um novo olhar para a vida.
11. Um encontro entre o palhaço e o psicanalista: Christian Dunker e Cláudio Thebas
Christian Dunker, o famoso psicanalista, e Cláudio Thebas, o palhaço, se uniram em 2019 para uma publicação que destaca seus pontos de vista. Embora as duas figuras sejam distintas, elas têm muitos pontos em comum, principalmente a abertura para ouvir.
Os autores propõem um exercício: escreverem capítulos intercalados que provoquem a reflexão sobre como demonstrar atenção, amor e empatia para com o próximo. Dessa forma, aqueles que lêem poderão desenvolver uma maior compreensão.
"A felicidade é algo que você atrai para si mesmo" Segundo o livro, "a felicidade é algo que você pode atrair para si mesmo".
Escutar o outro é escutar o que realmente ele diz, e não o que nós, ou ele mesmo, gostaria de ouvir. Escutar o que realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável.
12. A Magia da Organização segundo Marie Kondo
O livro de Marie Kondo é uma ferramenta para nos ajudar a lidar com o que acumulamos durante nossas vidas. De acordo com a autora japonesa, o modo como tratamos esses objetos reflete nossas decisões e nos revela como somos.
Aquela que traz dicas práticas e simples para acabar com a bagunça e se desfazer do que já não tem mais serventia, é a solução para quem busca organização.
Confira uma das ideias propostas neste livro:
A melhor maneira de fazer a triagem do que fica e do que sai é segurar cada item e indagar: "Isso me traz alegria?" Se a resposta for afirmativa, guarde-o. Caso contrário, jogue-o fora. Este não só é o critério mais simples, como também o mais preciso.
13. A Vida segundo Krishnamurti
O livro da vida, de Krishnamurti, lançado em 2016, é um dos trabalhos mais reconhecidos desse considerado guru. Ele reúne trechos de palestras, conferências e escritos, tanto publicados quanto inéditos, oferecendo uma visão geral de seus pensamentos, embora o próprio desse ser chamado de guru o tenha repudiado.
Jiddu Krishnamurti defendia o autoconhecimento e a meditação como fundamentais para a mudança pessoal. Ele argumentava que a prática desses dois componentes seria a base para a transformação individual.
O intelecto se satisfaz com teorias e explicações, a inteligência não; e para a compreensão do processo total da existência, é necessária uma integração da mente e do coração no agir. A inteligência não está separada do amor.
14. Descubra o que você perdeu quando acelerou - Haemin Sunim
Nesta obra de 2017, Haemin Sunim propõe uma reflexão sobre nossa espiritualidade, trabalho e relacionamentos, com o intuito de incentivar as pessoas a desenvolverem a calma e a compaixão por si e pelos outros. A finalidade é alcançar uma vida mais tranquila.
Como dizia o mestre espiritual Jiddu Krishnamurti, atenção pura, sem julgamento, é a forma mais elevada não só de inteligência humana, como também do amor. Observe de maneira atenta e amorosa a energia em constante mudança, à medida que ela se desdobra no espaço da sua mente.
15. A Jornada de Sidarta, de Hermann Hesse
Sidarta, publicado por Hermann Hesse em 1922, é considerado uma obra-prima da literatura. Mesmo com mais de cem anos de existência, os ensinamentos contidos em seu conteúdo ainda são relevantes e significativos para a nossa sociedade.
Sidarta é um romance de ficção que descreve a jornada de um homem que nasce em uma família abastada, mas que decide deixar tudo para trás em busca de autoconhecimento e iluminação espiritual. Esta narrativa é inspirada na história de Buda. Diferente dos outros títulos mencionados, este é um romance que nos promove uma reflexão profunda.
Hesse aborda diversos tópicos, tais como a transitoriedade, o decorrer do tempo e a compreensão interior de cada indivíduo.
O verdadeiro buscador, aquele que realmente se emprenhasse em achar algo, jamais poderia submeter-se a nenhuma doutrina.
16. Varanda com Cama: Uma Visão de Regina Navarro Lins
A obra A cama na varanda, de Regina Navarro Lins, foi lançada pela primeira vez na década de 90, tornando-se um sucesso de público. A autora aborda de forma clara e direta temas como a sexualidade e os relacionamentos, contando parte da história humana.
A leitura da psicanálise propõe uma nova compreensão dos comportamentos humanos no que diz respeito ao afeto e à sexualidade. Esta perspectiva pode possibilitar aos homens e mulheres a exploração de novos caminhos para lidar melhor com seus sentimentos e a se relacionar de maneira mais satisfatória com seus parceiros e parceiras.
o que é moral e o que não é? Neste livro, a autora investiga questões relacionadas ao moral e ao imoral. Ela busca aprofundar o debate sobre o que é certo ou errado e o que pode ou não ser aceito.
Na nossa cultura, as pessoas amam o fato de estar amando, se apaixonam pela paixão. Sem perceber, idealizam o outro e projetam nele tudo o que desejam. No fim das contas, a relação não é com a pessoa real, que está do lado, e sim com a que se inventa de acordo com as próprias necessidades.