João Cabral de Melo Neto (1920 - 1999) foi considerado um dos maiores poetas da literatura brasileira. Nasceu em 6 de janeiro de 1920 e faleceu em 9 de outubro de 1999.
A obra de João Cabral, parte da Geração de 45 da era moderna, deixa seus leitores fascinados com sua incrível capacidade de experimentar e inovar com o uso da linguagem. Ele abordou uma variedade de temas em sua poesia, indo desde o amor até o engajamento e a introspecção.
Abaixo, veja os seus poemas mais importantes comentados e analisados.
1. Colhendo Feijão em 1965
1.
Catar feijão se limita com escrever:
Jogam-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo;
pois catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão entra um risco,
o de que, entre os grãos pesados, entre
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com risco.
O poema de Catar Feijão, presente em A educação pela pedra - publicado em 1965 - conta a história do processo criativo, o ato de criação por trás da escrita. Dividedo em duas partes, o belíssimo poema retrata a magia que rodeia o ofício do escritor.
O poeta revela para o leitor a sua forma de criar um poema, que vai desde a escolha das palavras apropriadas até a montagem dos versos para compor o texto.
O ofício do poeta, assim como o do artesão, reflete zelo e paciência. Estes dois talentos se dedicam à elaboração de peças únicas e belas, explorando a delicadeza de cada trabalho. Por meio da combinação certa de palavras, é possível criar um poema de grande beleza.
2. Severina entre a Morte e a Vida, 1954/1955
— O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte Severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
algum roçado da cinza.
João Cabral de Melo Neto criou o marco do regionalismo na poesia brasileira com seu livro modernista "Morte e Vida Severina". Escrito entre 1954 e 1955, ele foi um grande sucesso.
A obra-prima de crítica é o poema Severino, que aponta os sofrimentos e desafios cotidianos da vida no sertão nordestino. O trágico poema é dividido em 18 partes, cada uma com um significado social profundo.
A obra poética de Miguel Falcão foi adaptada para o audiovisual, dando origem a um quadrinho que retrata a mensagem do poema. O resultado desta criação é algo que vale a pena conferir.
3. Tecelagem da Manhã de 1966
1.
Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.
2.
E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.
Tecendo a manhã pode ser visto como um meta-poema, pois o tema central de sua lírica é a reflexão sobre a própria composição de um poema, assim como Catar feijão.
Lançado em 1966, a poesia possui uma pegada poética e lírica que enfatiza o processo de composição. A linguagem se dobra sobre si mesma e transmite ao leitor a beleza da criação a partir de exemplos simples da vida cotidiana.
Descubra o poema cabralino Tecendo a Manhã em forma de animação! Esta criação traz para a tela a história escrita por Paulo Cabral, com elementos gráficos e recursos modernos. Conheça o mundo fantástico e poético desta obra.
4. A Arquitetura no Centro da Fábula: 1966
A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e tecto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até fechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.
O apelido de João Cabral de Melo Neto, "o poeta-engenheiro", é curiosamente apropriado considerando-se o seu empenho na construção de seu trabalho poético, feito com uma incrível precisão e exatidão.
No poema, o trabalho de um arquiteto é destacado, evidenciando a importância da espacialidade para esta profissão. Palavras como "construir portas", “construir o aberto”, "construir tetos" são fundamentais para a composição do texto, pois destacam o ofício do arquiteto e o espaço que o cerca.
O vidro e o concreto são frequentemente encontrados nas obras. O verbo "construir" é repetido vezes sem conta, transmitindo ao leitor uma realidade vivida pelo arquiteto.
5. 1945: Uma Reflexão sobre o Relógio
Ao redor da vida do homem
há certas caixas de vidro,
dentro das quais, como em jaula,
se ouve palpitar um bicho.
Se são jaulas não é certo;
mais perto estão das gaiolas
ao menos, pelo tamanho
e quadradiço de forma.
Umas vezes, tais gaiolas
vão penduradas nos muros;
outras vezes, mais privadas,
vão num bolso, num dos pulsos.
Mas onde esteja: a gaiola
será de pássaro ou pássara:
é alada a palpitação,
a saltação que ela guarda;
e de pássaro cantor,
não pássaro de plumagem:
pois delas se emite um canto
de uma tal continuidade.
O poema O Relógio é extremamente belo e delicado, destacando-se na extensa produção poética de João Cabral.
É importante ressaltar que o objeto homenageado pela poesia só aparece no título, não sendo necessário mencionar o nome daquilo que é tratado nos versos.
A visão poética de João Cabral o leva a fazer comparações inusitadas para descrever o relógio. Ele anuncia o material de que é feito (o vidro) e faz alusões aos bichos e ao seu universo, que permitem a identificação do objeto.
6. Educação com a Pedra: 1965
Uma educação pela pedra: por lições;
Para aprender da pedra, frequentá-la;
Captar sua voz inenfática, impessoal
(pela de dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria
Ao que flui e a fluir, a ser maleada;
A de poética, sua carnadura concreta;
A de economia, seu adensar-se compacta:
Lições da pedra (de fora para dentro,
Cartilha muda), para quem soletrá-la.
Outra educação pela pedra: no Sertão
(de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
E se lecionasse, não ensinaria nada;
Lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
Uma pedra de nascença, entranha a alma.
O livro de 1965, cujo nome foi dado por um poema do próprio João Cabral, destaca a atração do poeta pela concretude. Tal fato lhe rendeu o apelido de "o poeta-engenheiro". Formulando em seu próprio discurso, Cabral se definiu como um poeta "incapaz do vago".
A poesia do poeta nordestino é caracterizada por uma linguagem que retrata a realidade de forma crua, objetiva e direta. A literatura cabralina destaca o emprego da linguagem, e não apenas a criação de conteúdo inspirada por um insight.
A educação pela pedra nos mostra que desenvolver uma conexão com a linguagem requer paciência, aprendizado, familiaridade e prática constante.
Saiba mais
- Brilho poético de Ferreira Gullar: 12 poemas
- 10 Poemas Fundamentais da Literatura Portuguesa
- Análise e Interpretação de Morte e Vida Severina
7. Um Cão sem Penas: 1950
A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.
O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.
Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.
Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.
Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.
Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.
No primeiro momento, o leitor é desestabilizado pela imagem de um cão sem plumas, pois essa representação inverte as relações lógicas a que está acostumado. Por exemplo, na poesia de Cabral, é a cidade que é percorrida pelo rio, e não o contrário com o rio passando por uma cidade.
A estranheza inicial é dissipada pelas aproximações inusitadas (como o rio ser comparado à língua mansa de um cão). A beleza da lírica reside na experimentação da linguagem, no inesperado que surpreende e tira o leitor da sua zona de conforto.
O poema O cão sem plumas está disponível para leitura na íntegra logo abaixo.
8. O Trio de Invejados, 1943
O amor comeu meu nome, minha identidade,
meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade,
minha genealogia, meu endereço. O amor
comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos
os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas
camisas. O amor comeu metros e metros de
gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o
número de meus sapatos, o tamanho de meus
chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a
cor de meus olhos e de meus cabelos.
O amor comeu meus remédios, minhas receitas
médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas,
minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus
testes mentais, meus exames de urina.
O amor comeu na estante todos os meus livros de
poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações
em verso. Comeu no dicionário as palavras que
poderiam se juntar em versos.
Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso:
pente, navalha, escovas, tesouras de unhas,
canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de
meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada
no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto
mas que parecia uma usina.
O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu
a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de
propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos
que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.
O amor voltou para comer os papéis onde
irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.
O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta,
cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas.
O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos,
e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua
chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba
de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam
sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas
de automóvel.
O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a
água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os
mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde
ácido das plantas de cana cobrindo os morros
regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo
trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de
cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas
coisas de que eu desesperava por não saber falar
delas em verso.
O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas
folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de
meu relógio, os anos que as linhas de minha mão
asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro
grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da
terra, as futuras estantes em volta da sala.
O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e
minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu
silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.
"Os Três Mal-Amados" é um exemplo da lírica de amor cabralina. Esses versos longos retratam detalhadamente os efeitos do amor sobre a vida do narrador. A precisão e objetividade são elementos característicos desta obra.
Em 1943, aos 23 anos, o escritor produziu um poema que se tornou conhecido como uma das mais belas expressões de amor da literatura brasileira.
Embora seja extremamente difícil escrever sobre o amor pela sua natureza inefável e por cada relação ser única, João Cabral conseguiu reunir em seu poema sentimentos que parecem compartilhados por todos os apaixonados.
João Cabral foi encantado ao ler o poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade, o que o levou à escrita de Os três mal-amados. Uma curiosidade!
9. A Obra de Graciliano Ramos em 1961
Falo somente com o que falo:
com as mesmas vinte palavras
girando ao redor do sol
que as limpa do que não é faca:
de toda uma crosta viscosa,
resto de janta abaianada,
que fica na lâmina e cega
seu gosto da cicatriz clara.
Falo somente do que falo:
do seco e de suas paisagens,
Nordestes, debaixo de um sol
ali do mais quente vinagre:
que reduz tudo ao espinhaço,
cresta o simplesmente folhagem,
folha prolixa, folharada,
onde possa esconder-se na fraude.
Falo somente por quem falo:
por quem existe nesses climas
condicionados pelo sol,
pelo gavião e outras rapinas:
e onde estão os solos inertes
de tantas condições caatinga
em que só cabe cultivar
o que é sinônimo da míngua.
Falo somente para quem falo:
quem padece sono de morto
e precisa um despertador
acre, como o sol sobre o olho:
que é quando o sol é estridente,
a contrapelo, imperioso,
e bate nas pálpebras como
se bate numa porta a socos.
No livro Terça feira, publicado em 1961 - e mais tarde reunido em Serial e antes, em 1997 - o poeta João Cabral faz referência ao grande escritor da literatura brasileira, Graciliano Ramos.
João Cabral e Graciliano compartilhavam um interesse na situação social do Brasil, principalmente no Nordeste, expressando-se de forma laconica, enxuta e, às vezes, incisiva.
No poema cita-se a paisagem nordestina, com o sol brilhante, as aves do sertão e a realidade da caatinga. A comparação final é profunda: quando os raios de sol tocam os olhos do sertanejo é como se alguém desse socos numa porta.
10. A Psicologia da Composição nos Anos 1946-1947
Saio de meu poema
como quem lava as mãos.
Algumas conchas tornaram-se,
que o sol da atenção
cristalizou; alguma palavra
que desabrochei, como a um pássaro.
Talvez alguma concha
dessas (ou pássaro) lembre,
côncava, o corpo do gesto
extinto que o ar já preencheu;
talvez, como a camisa
vazia, que despi.
Esta folha branca
me proscreve o sonho,
me incita ao verso
nítido e preciso.
Eu me refugio
nesta praia pura
onde nada existe
em que a noite pouse.
Nos versos de Psicologia da Composição se torna evidente a preocupação do eu-lírico com a criação literária. Esta poesia faz parte de uma trilogia que inclui também os poemas Fábula de Anfion e Antioide.
O poeta Ledo Ivo, mentor da Geração de 45, recebeu uma dedicatória em um poema específico. João Cabral de Melo Neto estava entre esse grupo de escritores.
As rimas e versos são usados para mostrar a formação de um texto literário. Estes destacam as características fundamentais que compõem a escrita lírica. A escrita apresenta um tom metalinguístico para expressar a complexidade e profundidade das palavras, bem como o compromisso com o gênero da poesia.
A intenção de João Cabral com a escolha de seus vocábulos é estabelecer uma conexão com a realidade dos leitores. Nesse sentido, são trazidos à tona objetos comuns do cotidiano que aproximam o poema da vida em que vivemos. Além disso, o autor deixa claro que não se identifica com a linguagem rebuscada e o sentimentalismo estéril, tecendo comparações, por exemplo, com a camisa e a concha.
Biografia de João Cabral de Melo Neto: Um Resumo
No dia 6 de janeiro de 1920, em Recife, nasceu João Cabral de Melo Neto, fruto do casamento de Luís Antônio Cabral de Melo e Carmen Carneiro Leão Cabral de Melo.
João Cabral, quando criança, passou sua infância nos engenhos da família no interior de Pernambuco. Aos dez anos, foi junto com os pais para a capital, Recife.
Em 1942, João Cabral fixou residência no Rio de Janeiro, e nesse mesmo ano publicou seu primeiro livro de poesias, intitulado Pedra do Sono.
Após iniciar carreira diplomática como cônsul-geral do Porto (Portugal) entre 1984 e 1987, o poeta voltou ao Rio de Janeiro em 1987.
Prêmio Machado de Assis, Prêmio Camões e Prêmio Mário de Andrade. João Cabral de Melo Neto recebeu as honras das principais premiações literárias: Prêmio Machado de Assis, Prêmio Camões e Prêmio Mário de Andrade, por sua contribuição como escritor.
- Prêmio José de Anchieta, do IV Centenário de São Paulo, na área de poesia;
- Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras;
- Prêmio de Poesia do Instituto Nacional do Livro;
- Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro;
- Prêmio Bienal Nestlé, pelo conjunto da Obra;
- Prêmio da União Brasileira de Escritores, pelo livro "Crime na Calle Relator".
Em 6 de maio de 1968, João Cabral de Melo Neto foi recebido com elogios tanto do público quanto da crítica, e foi agraciado com a cadeira número 37 na Academia Brasileira de Letras.
Coleção Completa de João Cabral de Melo Neto
- Pedra do sono, 1942;
- Os três mal-amados, 1943;
- O engenheiro, 1945;
- Psicologia da composição com a Fábula de Anfion e Antiode, 1947;
- O cão sem plumas, 1950;
- Poemas reunidos, 1954;
- O Rio ou Relação da viagem que faz o Capibaribe de sua nascente à Cidade do Recife, 1954;
- Pregão turístico, 1955;
- Duas águas, 1956;
- Aniki Bobó, 1958;
- Quaderna, 1960;
- Dois parlamentos, 1961;
- Terceira feira, 1961;
- Poemas escolhidos, 1963;
- Antologia poética, 1965;
- Morte e vida Severina, 1965;
- Morte e vida Severina e outros poemas em voz alta, 1966;
- A educação pela pedra, 1966;
- Funeral de um lavrador, 1967;
- Poesias completas 1940-1965, 1968;
- Museu de tudo, 1975;
- A escola das facas, 1980;
- Poesia crítica (antologia), 1982;
- Auto do frade, 1983;
- Agrestes, 1985;
- Poesia completa, 1986;
- Crime na Calle Relator, 1987;
- Museu de tudo e depois, 1988;
- Sevilha andando, 1989;
- Primeiros poemas, 1990;
- J.C.M.N.; os melhores poemas, (org. Antonio Carlos Secchin), 1994;
- Entre o sertão e Sevilha, 1997;
- Serial e antes, 1997;
- A educação pela pedra e depois, 1997.
- Considerações sobre o Poeta Dormindo, 1941;
- Juan Miro, 1952;
- A Geração de 45 (depoimento), 1952;
- Poesia e Composição: A Inspiração e o Trabalho de Arte, 1956;
- Da Função Moderna da Poesia, 1957;
- Obra Completa (org. por Marly de Oliveira), 1995;
- Prosa, 1998.