Em 1905, o Fauvismo - também conhecido como Fovismo - foi reconhecido como uma corrente artística de vanguarda europeia.
Os artistas da Geração Fauve eram notáveis por pregar o uso de cores fortes, formas simplificadas e, especialmente, obras que transmitiam a alegria. Entre os grandes nomes desse movimento artístico estavam Henri Matisse, Albert Marquet, Maurice de Vlaminck, Raoul Dufy e André Derain. Apesar de bastante heterogêneo, todos eles tinham em comum o objetivo de celebrar a alegria.
O Fauvismo: Uma Breve Explicação
Em 1905, a Corrente Artística Fauvista foi reconhecida na França, quando uma exposição foi realizada no Salão de Outono de Paris. No ano seguinte, os artistas envolvidos nessa corrente também expuseram no Salão dos Independentes, o que ajudou a solidificar ainda mais aquela tendência artística.
O grupo de vanguarda europeu não tinha um manifesto nem qualquer outro programa definido. Seus artistas produziram obras bastante heterogêneas, com a liderança informal do pintor Henri Matisse (1869-1954).
Celebrando os Artistas Fauvistas
Henri Matisse, Albert Marquet (1875-1947), Maurice de Vlaminck (1876-1958), Raoul Dufy (1877-1953) e André Derain (1880-1954) são considerados os principais artistas fauvistas.
O termo "fauvismo" foi empregado pelo crítico de arte Louis Vauxcelles (1870-1943) de maneira depreciativa, para identificar um conjunto de artistas cujas criações eram consideradas revolucionárias e chocantes para a época. A denominação vem do termo francês "les fauves", que significa literalmente animais selvagens.
Após a visita de Louis ao Salão de Outono, onde obras fauvistas estavam exibidas ao redor da escultura do renascentista Donatello (1386-1466), Vauxcelles descreveu a cena como se a obra estivesse cercada por animais selvagens. Com base nessa descrição, o adjetivo foi escolhido.
Os artistas acabaram se identificando com o nome, que era intencionalmente uma crítica, e passaram a se autodenominar fauvistas.
Com o início do cubismo, em 1907, por meio da tela Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso, a produção fauvista teve o seu fim. Apesar de ter sido muito rica, o movimento não durou por muito tempo.
Explorando o Fauvismo
Explorando o Poder das Cores
A arte fauvista abraçava a rebeldia, adotando um movimento de experimentação radical. Esta corrente artística priorizava a utilização de cores fortes, impactantes, vibrantes e intensas.
A paleta era composta por uma mistura brilhante de tons vivos, especialmente o vermelho, o verde, o azul e o amarelo. Aquelas tintas vinham direto das bisnagas e criavam uma explosão de cores.
“Sei que nunca atingirei a perfeição, mas tenho certeza de que não desistirei de tentar alcançá-la”. Maurice de Vlaminck afirmou que, apesar de saber que nunca atingiria a perfeição, não desistiria de se esforçar para alcançá-la.
quero incendiar a Escola de Belas Artes com meus vermelhos e azuis
os tons vívidos e o uso da luz e sombra não correspondem a uma imagem real, mas a uma representação subjetiva, criada pelo artista. Matisse pintou o retrato de Madame Matisse em 1905 com tons vibrantes e aplicou luz e sombra de maneira subjetiva. Isso significava que as cores não eram necessariamente ligadas à realidade, dando ao artista certa liberdade para criar.
Muitas telas dessa geração usavam ilhas de cor para destacar pontos específicos. Por exemplo, na série de telas, havia uma ênfase nos pontos específicos.
Explorando as Formas e Temas do Fauvismo
Nesta geração, as pinturas eram caracterizadas por traços largos e organizados. Além disso, as obras dos fauvistas se destacavam pela simplificação das formas.
os personagens nela representados não têm volume, estão dispostos de forma plana. Os fauvistas contavam com formas planas e chapadas, superfícies flat (sem percepção de volume). Eles criavam um ambiente bidimensional, sem profundidade, frequentemente desafiando a perspectiva. Por exemplo, na icônica obra A dança, os personagens são planos e não possuem volume.
Esses pintores preferiam pintar de forma alegre e leve, com temas mundanos, em vez das trágicas e amarguradas que eram comuns. Eles buscavam retratar esses assuntos de maneira lúdica e divertida.
Segundo Matisse, nas Notas de Um Pintor, o Fauvismo buscava:
uma arte do equilíbrio, da pureza e da serenidade, destituída de temas perturbadores ou deprimentes
A geração dos fauvistas foi seduzida por temas como a arte primitiva e a busca pelo início da humanidade. É comum encontrar entre esses artistas trabalhos que trazem o nu humano, como Alegria de Viver, por exemplo.
A Liderança de Henri Matisse no Movimento Fauvista (1869-1954)
Henri Emile Benoit Matisse foi um artista polifacetado: gravurista, pintor, desenhista e escultor. Ele é mais conhecido como o principal nome do Fauvismo.
Nascido em uma família de empresários do norte da França, Henri foi instruído a estudar Direito. Após sua formação, exerceu a função de advogado, mas continuou a frequentar aulas de desenho paralelamente.
Em 1891, deixou definitivamente a advocacia para cursar Belas Artes. Após cinco anos, participou de sua primeira exposição de destaque, no Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes.
Em 1904, sua primeira exposição individual foi realizada na Galeria Vollard. No ano seguinte, ele e seus colegas apresentaram trabalhos inovadores no Salão de Outono.
O Fauvismo foi marcado pela criação de Matisse de algumas obras de arte significativas, como o Retrato de Madame Matisse, Alegria de viver e Harmonia em vermelho, que foram consideradas como peças fundamentais da pintura.
O seu trabalho tornou-se renomado não só na França, mas também em Londres, Nova Iorque, Moscou e outras notáveis capitais mundiais, onde foi exposto.
Matisse foi dedicado às artes plásticas durante toda a sua vida, explorando vários estilos diferentes.
No dia 3 de novembro de 1954, Matisse se foi em Nice, na França.
Saiba mais
- A Arte Moderna no Brasil e no Mundo: Movimentos e Artistas
- : Explorando as Vanguardas Europeias
- Principais obras e artistas do Expressionismo
As Obras-Primas do Fauvismo
Além das famosas telas expostas acima, outras obras notáveis do fauvismo são: